O que pesar antes de decidir adotar um gato

Para escrever este post, estou partindo do principio que você está na fase “pensando em adotar um gato”, e que vai agir não só com o coração, mas também usando a razão. Também estou supondo que você goste muito de ler, porque eu escrevo na mesma quantidade que falo: MUITO. Então senta que lá vem história...

Na casa dos meus pais sempre teve bicho. Desde criança convivi com cães e gatos e certa vez até tive um coelho. É claro que a minha responsabilidade se limitava a dar comida na hora certa e brincar muito com os bichanos, porém sempre houve afeto, sempre fui apaixonada pelos animais. O tempo passou, eu cresci, e, em outubro de 2011, casei. Vida nova, casa nova e nenhum animal de estimação. Não me imaginava sem um cãozinho ou gato e meu marido que também sempre teve animais, também sentiu essa falta. Por isso começamos a pensar em adotar um cão.

A decisão parecia fácil, mas então surgiu uma discussão: Com os dois trabalhando fora, seria justo ter um cachorrinho para deixar sozinho o dia todo em um apartamento, sem companhia, sem ninguém para brincar e dar atenção?
O marido disse que por isso não poderia ser um só, e sim dois, pois assim fariam companhia um ao outro e não ficariam deprimidos.
Eu pensei, pensei, mas entrei em outra questão: cocô, xixi... Quem os ensinaria a fazer no lugar certo se não teríamos tempo? Até aprenderem seriam muitas “surpresas” na sala, no quarto, no sofá...
E NÃO, não prenderíamos os dois numa lavanderia minúscula, tadinhos.

Reparem que aí já entra nossa primeira regra, que é geral, serve para quem quer ter cães, gatos ou qualquer outro animal:
Você tem tempo para ter – e cuidar – de um animal de estimação?
Gente, bicho não é enfeite, eles têm necessidades, e não só fisiológicas. É preciso tempo e paciência.

Rntão deixamos em stand by.

Nisso, a Nailane estava dando lar temporário para uma pequena família de gatos, a mamãe e três filhotes, duas fêmeas e um macho. Já estava quase na hora de procurar adotantes para eles e por serem SRD (sem raça definida), sabíamos que a tarefa não seria fácil.

Foi então que tive a ideia.
Chamei o marido e falei com ar de pidona: “Amor, podemos adotar um gatinho?”.
E lá fomos nós, de novo, analisar os prós e contras.

Agora vou falar – pela minha experiênciao que pesamos antes de decidir adotar um gato.

1. Estou disposto a amá-lo e prover seu lar, até que a MORTE nos separe?

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Sim, gente, brincadeiras a parte, acho essa decisão primordial. É pra vida toda. Não pode chegar um momento que você veja que seu pet faz muita bagunça e decida simplesmente soltá-lo na frente da casa daquela moça que gosta de bicho. Então pense muito bem antes de adotar. Pense se quer conviver com esse animal, seja ele como for, pelo resto da vida dele – ou sua.



2. Estou disposto a cuidar de sua saúde e alimentação?

Fonte
"Ah, mas é só dar os restinhos de comida"
"Ah, bicho não precisa de médico, se nem eu que sou gente vou".

Não, gente! Seu gato não pode comer a mesma comida que você. Vamos ter um post específico sobre a alimentação felina, mas já adianto que gastos com ração serão inevitáveis e que escolher com cuidado e atenção é fundamental para a saúde do gato.
Em relação aos cuidados veterinários é o seguinte: Vacinas e vermífugos em dia e castração são básicos. Pode ser que fora isso, seu pet nunca precise ir ao veterinário, mas e se precisar? Você está disposto a deixar de comprar algo que queira ou precise para gastar com a saúde do seu amigo bicho?

3. Como eu lido com pelos pela casa e estofados arranhados? Quanto eu amo minha cortina?


Fonte
Gente, todo gato solta pelos. Em determinadas épocas do ano eles trocam a pelagem e espalham mais pelos no ar, no sofá, nas cadeiras estofadas, no piso branco. Enfim, ter um bom durex ou aquele artefato de tirar pelos das roupas é uma questão de necessidade. Vai encarar?
Gato arranha as coisas? Arranha. Alguns mais e outros menos. Existem produtos para repelir os gatos de certos lugares que você quer – tentar – não deixá-los arranhar. O ideal é ter um ou mais arranhadores, pois é uma necessidade dos gatos afiar suas lindas garrinhas.




4. De noite o gato dorme né? Não fica miando?

Já ouviu falar que gato é um animal noturno? Pois é. É verdade. Não estou dizendo que suas noites serão em claro, mas seu bichano pode sim acordar de madrugada e querer brincar um pouquinho, miar um pouquinho. Não tem botão OFF. Sorry.

5. Xixi e cocô de gato fedem?

Fonte

Suas necessidades fedem? Pois é, as deles também. Porém, se você mantiver a caixinha de areia limpa, isso não será um problema. Os granulados higiênicos, próprios para gatos, têm substâncias que ajudam a inibir e controlar o odor, porém nada supera a higiene por parte do dono.


Pessoal. Vou parar por aqui antes que as pessoas nem comecem a ler de tão longo o texto..rsrs. A moral da história é que decidir ter um gato, ou qualquer animal, é uma questão que deve ser muito bem analisada. Todos os pontos acima e mais tantos outros devem ser observados com atenção e cuidado. Um animal é uma vida. É como decidir ter um filho, é uma responsabilidade. Haverá infinitos momentos felizes, mas também poderão existir momentos ruins, gastos não previstos, miados aparentemente sem motivo, e você terá que ter amor suficiente pelo seu bichinho para passar por eventuais dificuldades. Se não se sente preparado, talvez seja o caso de esperar mais. Mas se após ler essa “bíblia” você não mudou de ideia e ainda quer ter um gato, continue acompanhando o blog, pois ainda traremos muitas dicas e informações bacanas para facilitar a sua vida e de seu gatinho. ;)

Ah, quer saber o que eu e o marido decidimos sobre adotar o gatinho? Analisamos todos os fatores acima e adotamos DOIS. Você pode conhecê-los ali na barra lateral. É o Luck (terceiro de cima pra baixo) e a Úrsula (primeira de baixo pra cima). Eles dão trabalho, incomodam (inclusive estão aprontando enquanto escrevo este post), mas os amo muito, o suficiente para não trocá-los por nada no mundo.

Falei de mais né? rsrsrs

Até a próxima galera!

Ma

6 comentários:

  1. Amei o post! Obrigada Mariana!!!
    Meu histórico é exatamente igual ao seu! a única diferença é o mês do casamento, o meu foi em novembro de 2011, no mais, é tudo igual e passamos pelo mesmo dilema! No nosso caso a vinda do pescoço (sim esse é o nome do gatinho, eu odeio, mas já era, pegou...rss...) foi provida pelo acaso e pelo amor a primeira vista, confesso que não pensamos mto, mas tirando a dor no coração de deixar meu filhote o dia todo sozinho em casa, estou amando tudo, todas as necessidades acima mencionadas foram providenciadas, meu filhote tá com 50 dias e já foi no vet, tomou a primeira dose do vermifugo e da vacina e voltaremos daqui a 15 dias, tô amando cuidar dele! rss...
    Fico anciosa pelo próximo post!
    Bjs,
    Lu

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  2. eu adorei um gatinho e nao me arrependo nem por 1 minuto :)

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  3. Ótimo post. Adoção sempre com responsabilidade!!
    Bjs

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  4. Olá, Mariana,

    Sou mãe de 7 lindos gatinhos.

    Adoramos sua postagem...

    ...ah se todos tivesses esse compromisso e responsabilidade!!

    Venha conhecer minha turminha:)

    beijinhos,

    Lígia

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  5. Oi Mariana!
    Seu post não poderia ser mais pertinente! rs
    Não sei se você chegou a ver no meu blog, mas adotamos mais um gatinho há uns 20 dias atrás. E você está certa em tudo: é um grande compromisso e é preciso estar disposto a encará-lo. Eu e meu marido demoramos mais de 1 ano para tomar a decisão de adotar mais um gato. Agora, é realidade: estamos adorando a experiência!
    Muito bacana seu blog!
    Obrigada pela visita ao meu! :)
    Beijos

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  6. Amor leva a compromisso e responsabilidade, então quando nos responsabilizamos por uma vida humana ou animal temos que pensar bem e ver se somos capazes disso. Claro que no final das contas acabamos ganhando muito mais, pois é uma delicia der um animal em casa.
    beijos

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